Friday, December 03, 2004

Este é para os meus colegas de ensino na FCUL

O pessoal que me acompanhou naqueles vários anos em ensino na FCUL, deve achar alguma graça a isto... Bem, pelo menos eu achei, porque deu para me lembrar das didácticas e das metodologias em que cada teoria que nos tentavam ensinar era mais estúpida que a anterior.
O que se segue é a transcriçao de um artigo que vi numa revista espanhola e que vou escrever aqui, devidamente traduzido para português por alguém que ainda nao percebe muito de espanhol, ou seja, EU!

Um zero a tinta verde
Acabaram-se os zeros, os tis e os v's gigantes em vermelho (nunca soube o que eram esses v's). Os professores dos EUA já nao usam tinta vermelha para corrigir os exames dos seus alunos porque, segundo uma teoria cada vez mais popular, o vermelho stressa e desmoraliza os estudantes. Em seu lugar utlizam o púrpura, uma cor -segundo eles- mais amistosa.
O problema é que o vermelho está associado ao sangue, ao stop, às mensagens de perigo e, por suposto, a "isto está mal"... que é precisamente uma informaçao que o professor deveria transmitir aos seus alunos. No entanto, o púrpura relaciona-se com a espiritualidade, a realeza e a elegancia. Ou seja, um zero violeta elucida um pouco mais acerca do resultado: miúdo, és tontito, mas de certeza que és o rei da casa.
A empresa Paper Mate afirma que até à dois anos atrás nao vendiam nem uma esferográfica roxa, mas que agora as vendem em conjuntos de três e que têm as estantes cheias delas. Faltam um milhao de zeros ao violeta para deixar de ser uma cor amistosa, tal como é agora o vermelho. Entretanto os alunos podem dizer ao seu professor: "O professor é um palhaço? Estou a dizer isto em púrpura, ok, nao quero stressá-lo."

2 comments:

Anonymous said...

Eu devo dizer que me habituei desde o estágio a corrigir a verde... e agora, mm não estando em estágio ainda o continuo a fazer... Porquê? Primeiro, porque acho uma cor mais bonita do que o vermelho. Segundo, porque é a cor da esperança... e às vezes um professor bem precisa dela... Terceiro, não sei, foi um hábito que ficou... Talvez um dia mude para violeta :)
AIR

Unknown said...

Isto só prova a decadência da sociedade americana. Há lá cor mais abichanada do que o purpura? O que raio é purpura? Nem é bem cor-de-rosa, nem é bem roxo, nem é bem azul... no fundo é a cor da indecisão, nem se isso é uma cor! Por favor, se é para corrigir, é suposto dizer ESTÁ MAL, é suposto indicar claramente o que se pretende. Por isso se usa o vermelho, uma cor forte, vermelho-sangue. Agora vêm os novos pedagogistas (ou serão pedagogos, ou ainda... demagogos) e psicologos com essas tretas de que as crianças não podem ser isto e aquilo e que são muito frágeis e o camandro! O cérebro de uma criança ainda está em formação, e é nessa altura que vai ser formado o seu código de valores, ora este tipo de coisas, como corrigir a purpura é exactametne o tipo de coisas que leva os jovens de hoje a acharem que tudo o que fazem está bem, que são impunes, que são vitimas da sociedade e que tudo o que fazem errado é culpa de outrém por não os ter ensinado melhor! Ora porra então ensinem-os melhor! Não estou a dizer para desatarem à chapada aos putos, isso obviamente está mal. Agora não é só com paninhos quentes e caldos de galinha que se educa a próxima geração! Deixem-se de tretas. Se querem ensinar uma criança ao menos começem por lhe ensinar a diferença entre estar certo e estar errado, não lhes digam que o errado é antes assim-assim ou menos mal. Se calhar, só se calhar, se perceberem a diferença entre certo e errado também percebam a diferença entre o que é o bem e o que é o mal, talvez ao menos aprendam a decidir por si próprios sobre o que está bem e o que está mal! Talvez assim dezenas de milhões de americanos não tivessem votado no Bush!